Muito além da fachada

Todo início de ano é a mesma coisa: os alunos ficam excitados com a organização do novo material escolar, com cadernos ornamentados com os personagens de filmes e séries do momento, com novos tipos de lápis e canetas e um arsenal de novidades que saem das prateleiras das papelarias diretamente para as mochilas (muitas vezes, também novas) de crianças, adolescentes e jovens. Logo nas primeiras aulas, todos eles, independentemente da faixa etária, descobrirão que aprender é ir muito além de capas enfeitadas. Aprender não pode ficar só na capa; tem que ir além, percorrer as páginas. Os desenhos e as figuras coladas podem até entrar pelas páginas do caderno, mas têm que estar acompanhados por conhecimento e estudo.

Com a escola não é diferente. No início do ano, está tudo preparado para receber pais e alunos. Entre os preparativos, contam a limpeza, a eventual reorganização de alguns espaços e, invariavelmente, uma pintura nova. Mas, assim como acontece com os alunos e seu material, a escola tem que ir muito além da fachada. Placas e letreiros novos podem até render boas fotos no Instagram, mas uma escola não vive disso, pois depois do primeiro dia de aula, que traz consigo o impacto dessas novidades, há todos os outros dias que precisam ser vividos com intensidade. O time de marketing pode deitar e rolar com essas fotos iniciais, mas sabe que há muito trabalho pela frente, e esse trabalho não se limita à fachada da escola.

Dentro dela, o aprendizado não se limita à sala de aula.

Um jardim bem-cuidado, a organização do lixo seletivo, a limpeza de todos os espaços – tudo isso é aprendizado que será ainda mais consistente se contar com a participação dos alunos. Porém, tudo isso ainda é parte da fachada. E a imagem de uma escola não é feita apenas de imagens, mas de ações, de atitudes, de atividades, de iniciativas. Quer dizer: tudo isso pode até virar imagem e ir parar nas redes sociais da escola, mas tem que ter consistência. Cada imagem tem que ter uma história para contar. E essa história tem que ser real. Se uma imagem vale mais do que mil palavras, em uma escola essas mil palavras devem ser pronunciadas, escritas, registradas.

A verdadeira imagem de uma escola é composta pelas ações que se desenvolvem a partir do momento que o aluno deixa para trás a fachada nova, entra no interior da escola e começa a assistir às aulas. Se entendermos a sala de aula como uma imagem já envelhecida, temos que reconhecer que se trata de uma velhinha bem enxuta, porque sempre se renova, e não apenas na fachada, mas na busca de novas formas de ensinar e de aprender.

Vamos deixar bem claro: é bom pintar a escola a cada início de ano. Começar o ano com a escola limpa e com cores brilhantes transmite a sensação de reinício, de algo novo prestes a acontecer ali. Mas o trabalho desenvolvido na escola deve ampliar esse maravilhamento inicial e traduzi-lo em aulas envolventes, estudo constante, planejamento, continuidade de aprendizado. A pintura pode ser linda. Mas o que está por trás dela tem que ser ainda mais belo.

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